25 de fev. de 2016

Luizinho Calixto: Frevo no 8 Baixos (parte 1)

22 de fev. de 2016

Jornal Forró em Foco

Olá pessoal, segue o jornal Forró em Foco, que contém alguns breves textos sobre questões relacionadas ao forró, inclusive, um texto que escrevi sobre a realização do documentário "Com Respeito aos Oito Baixos" 
http://www.forroemvinil.com/jornal-forro-em-foco-marco-2015/

Jornal Forró em Foco – Março 2015

Jornal Forró em Foco - frente - mar2015
Jornal Forró em Foco - verso - mar2015
Acompanhe o Jornal Forró em Foco:
http://jornalforroemfoco.blogspot.com.br/

21 de fev. de 2016

Homenagem a Moisés Mondadori, o Cavaleiro Moisé

NOTÍCIAS DA CIDADE


24-10-2015
FESTIVAL DO RISOTO VAI HOMENAGEAR MOISÉS MONDADORI

   O Festival do Rizoto vai acontecer no lançamento oficial da Festipê 2016, no início de abril do próximo ano, e vai prestar uma homenagem a Moisés Mondadori, importante acordeonista da história do folclore gaúcho. As entidades estão se organizando e vão preparar o cardápio pensando na cultura culinária dos que povoaram nossa comunidade, entre eles o Imigrante, o africano, e o índio, com ingredientes tradicionais e os orgânicos.

QUEM FOI MOISÉS MONDADORI
Paixão Côrtes foi historiador e idealizador da semana farroupilha, e pesquisou Moisés Mondadori.

Que diz: "Mas tão importante quanto a ideia da chama crioula, ou a da criação do CTG 35, o movimento foi relevante como impulsionador das pesquisas que foram empreendidas rumo ao Interior em busca das raízes e do folclore gaúcho. Paixão encontrou em Ipê (hoje município, mas que antes pertencia a Vacaria) o velho gaiteiro Moisés Mondadori, o mais importante da “geração gramophone”, que foi o primeiro a gravar a música Boi Barroso num disco prensado pela casa A Elétrica em 1913."

No livro A sanfona de oito baixos na música instrumental brasileira - Por Leonardo Rugero Peres (Leo Rugero), encontra-se registrado:

A música instrumental da gaita-ponto:
"No sul do Brasil, especialmente no Rio Grande, a gaita-ponto está indissociavelmente relacionada à interpretação de temas musicais que acompanham as danças tradicionais gaúchas. Através de selos musicais regionais como a Casa “A elétrica”, a música da gaita – ponto começa a ser registrada ainda no segundo decenio do século XX.
   É provavel que a gravação original de Boi barroso, em 1914, por Moisés Mondadori, seja o “marco zero” da história oficial da gaita-ponto brasileira. Também conhecido por Maestro Cavalheiro Moisé Mondadori, foi indubitavelmente um percursor na discografia da gaita-ponto de 8 baixos à nível nacional, tendo regravado esta música em 1974 à convite de Marcus Pereira para a coleção “Musica Popular do Sul”."

14 de fev. de 2016

Chorinho de Landinho

SONS DE CANUDOS - CIRCULAÇÃO - LANDINHO PÉ DE BODE

Landinho Pé de Bode e Banda

SEU ELIAS DANIEL tocador de fole dos Pontões de Pombal

Enviado em 29 de out de 2011

SEU ELIAS DANIEL, GRANDE PERCA NO FOLCLORE POMBALENSE. Seu Elias Daniel, homem pacato, doce e sereno, sinônimo da força negra revigorada na energia solar do nosso sertão abrasador. Quando puxava o seu fole de oito baixos conduzia com maestria "Os negros dos pontões" que fazem anualmente o translado do rosário numa bonita procissão e que enchem de lágrimas os olhos de quem assiste aquele espetáculo popular vivido a céus abertos, de passos lentos, cabeçinha inclinada para o lado com o peso do tempo sobre as costas caminha em noites calmas pela Getulio Vargas tendo como fundo musical as novenas da matriz do Bonsucesso. Já de bengala na mão e sobre a cabeça o seu chapéu de massa era um transeunte quase que invisível aos olhos desta nova geração mais que deixa um legado cultural riquíssimo para seus amigos, filhos e porque não dizer todos aqueles que queiram beber da sua fonte inesgotável de sabedoria popular. Acordamos mais tristes é verdade porque o pássaro que enfeitava o bando colorido que pousava no largo da igreja do rosário agora voa sozinho, seu ultimo vôo abrindo as asas para um novo céu com a certeza que cumpriu a sua missão nesta penosa caminhada terrena. Voa seu Elias Daniel, voa embalado nas valsinhas que o senhor tanto tocou, voa conduzido por milhares de anjos que neste momento devem está fazendo o último túnel de varas coloridas e maracás tilintando para festejar a sua chegada. Não foi preciso galgar os degraus do capitalismo para demonstrar riquezas, pois a sua maior riqueza era a humildade, a serenidade e a religiosidade que se fazia alicerce para a sua estadia no meio de nós. Era um Daniel, era um ser iluminado, era um artista rústico que teve o privilégio de subir nos maiores palcos deste estado e porque não dizer deste país, e o que mais nos impressiona era a "primazia" mais que acertada no título do trabalho do cantor e compositor" Luizinho Barbosa" ao denominar este seguimento musical de raízes. Seu Elias era inocente como uma criança, não havia malicia em seu falar nem a ganância fruto da ignorância e perdição dos homens do nosso tempo, pois ao término de cada apresentação sentava-se na espera daqueles que o conduziam sem dizer se quer uma só palavra. Quantas lembranças me vem a mente neste instante, das nossas viagens para a capital, ao BNB Cultural de Sousa PB, as inesquecíveis FENART e os ensaios no CENTRO LIVRE DE ARTE POPULAR --POMBAL PB. Conheci um Elias pai, amigo, mestre, sereno que transmitia-nos a paz apenas com um simples toque de olhar, um Elias responsável que mesmo já tendo a saúde tão debilitada nunca se negou a empunhar o seu fole para dar seqüência a coreografia dos negros dos pontões numa farra quase que tribal. Voa Mestre Elias Daniel voa e prepara-nos uma valsinha para nos recepcionar na última viagem que faremos para lhe encontrar.

AUTOR: *Zé Ronaldo ( Professor e Artista Popular ).

nego lé dos oito baixos são domingos de pombal pb

13 de fev. de 2016

Abdias - Oito baixos pra frente





Para não deixarmos passar em branco a data de aniversário de Dominguinhos, que estaria completando 75 anos no dia 12 de fevereiro, que tal este"Oito Baixos pra frente", parceria de Dominguinhos e Anastácia, na interpretação do mestre Abdias dos Oito Baixos, em 1971

10 de fev. de 2016

MANOEL DE ELIAS - NOVELA GABRIELA 1975




Publicado em 29 de dez de 2015 no youtube

Video onde aparece Manoel de Elias na novela "Gabriela" de 1975.
Cantor. Compositor. Acordeonista. Irmão do também compositor e sanfoneiro Zé de Elias. Pai de Chiquinha do Acordeom. Autodidata, incentivado pelo pai, que era músico, começou a aprender sanfona de 8 baixos aos 5 anos de idade. Ainda jovem, mudou-se com a família para Santa Cruz (RN), onde exerceu a profissão de afinador de sanfonas. Faleceu aos 95 anos de idade, no município de Belford Roxo (RJ), em decorrência de um câncer de próstata. Na época, era considerado o mais velho dos sanfoneiros de 8 baixos.

9 de fev. de 2016

MEU CANARINHO - MINHA BEIJA FLOR

'Não vai cair, vai continuar', diz Heleno dos 8 Baixos sobre legado da sanfona

'Não vai cair, vai continuar', diz Heleno dos 8 Baixos sobre legado da sanfona

Sanfoneiro é um dos homenageados do São João de Caruaru, Agreste de PE.
Ele conta a história e as dificuldades que passou até alcançar o sucesso.

Thays EstarqueDo G1 Caruaru
Heleno dos 8 Baixos, músico (Foto: Thays Estarque/ G1)Heleno iniciou a carreira em Caruaru, onde construiu uma escola de sanfona (Foto: Thays Estarque/ G1)
O músico Heleno dos 8 Baixos, de 54 anos, é um dos homenageados do São João de Caruaru, Agreste de Pernambuco, ao lado do Mestre Manuel Eudócio e Eduardo Campos. Tendo bagagem que inclui a indicação ao Grammy em 1991, com o disco “Brasil Forró”, ele afirmou em entrevista ao G1 que a celebração é um presente de Deus. "É uma grande coisa para qualquer artista, mas principalmente para mim que sou da terrinha”, completa.
Nascido no Sítio Boqueirão, em Ibirajuba, Heleno teve um começo difícil, conta que a família não tinha condições financeiras e que estudou somente até a 4ª série em um grupo educacional - quando um professor reúne crianças e adolescentes da localidade para ensinar todas juntas, em uma mesma sala de aula montado no próprio sítio. “A única coisa que me arrependo nessa vida e que tenho inveja é de não ter estudado mais. O conhecimento é o bem mais precioso do homem”.
A gente nunca sabe de tudo,
os que dizem que sabem
estão mentindo”
Heleno, músico
Vindo de uma família de ciganos, relata que a música sempre esteve presente na casa. “Minha mãe cantava coco de roda, meu pai tocava vários instrumentos e meu irmão na sanfona. Eu mesmo comecei no berimbau de lata e passando por gaita de boca”. Porém, fez questão de afirmar a real paixão: a sanfona de 8 baixos. “No meio de 50 sanfonas, é ela que faz a diferença”.
Aos 12 anos, Heleno foi apresentado a Manoel Maurício, um sanfoneiro conhecido no meio musical por ter um jeito próprio de tocar. Com ele, morou na cidade de Belo Jardim até os 15 anos e aprendeu a tocar os 8 baixos. “Já com idade, tinha uma mania de só me ensinar à meia-noite”, relembra. Autodidata, o músico não sabe ler partituras, mas o mestre ensinou os dois tipos de afinações: a usada no Rio Grande do Sul e na Europa e a Nordestina. "Mesmo já tendo lançado CDs, não deixei de aprender com Manoel até sua morte. A gente nunca sabe de tudo, os que dizem que sabem estão mentindo”, acredita.
Início em Caruaru
A música só se tornou um meio de vida quando se mudou para Caruaru. “Construí minha primeira casa na Rua Macaparana, Cohab I. Foi onde criei minha família. “Passei muita dificuldade. Tinha um ponto na Rua Matriz que os artistas iam para conseguir shows. Ficava sentado o dia todo esperando que aparecesse algo”.
Na chamada "Capital do Agreste", o conforto ainda estava distante e Heleno diz que chegou a passar fome. Contudo, o carinho pela cidade é tanto que ela foi a escolhida para a construção de uma escolinha, com intuito de perpetuar os ensinamentos que aprendeu. Fica no Bairro Vassoural. “Estou muito orgulhoso dessa semente que estou plantando. Agora, estou aprontando a nova geração”, em referência aos alunos e um em especial David, um jovem de 15 anos com quem vai se apresentar no dia 24 de junho, no São João de Caruaru. “É uma riqueza, um presente saber que a sanfona dos 8 baixos não vai cair, vai continuar”, acredita.
Atualmente, o artista possui seis sanfonas e cada uma recebe o nome de uma pessoa que foi importante durante a caminhada até o sucesso. Com orgulho, mostra a mais recente aquisição, que tem um segredo especial. Heleno afirma que a francesa Serafini é a única no mundo com duas afinações, o sol dó e o sustenido si. “Só existe duas, essa e outra que está na minha casa em São Paulo. Junto com Marque Serafini, criei esse modelo de um sonho que tive”, confidencia.

6 de fev. de 2016

Multiciência: Como é bom saber e poder tocar uma sanfona

Publicado originalmente em http://multicienciaonline.blogspot.com.br/2015/06/como-e-bom-saber-e-poder-tocar-uma.html?spref=bl


Como é bom saber e poder tocar uma sanfona


Por Brena Souza
  

Luiz Gonzaga foi o precursor e criador do baião, por isso ganhou o posto de rei. Também agregou o xote, o forró e as marchinhas juninas puxando o fole que aprendeu com o pai Januário. E levou toda essa mistura para e dentro e fora do Brasil. Gonzagão utilizou o instrumento para difundir a cultura nordestina por meio de suas composições, numa época em que esses gêneros não eram tão conhecidos nacionalmente e chegou até a enfrentar o preconceito principalmente no sudeste. Só que sua música e de parceiros vingou com grandes discos e clássicos que fazem parte da história da MPB, a exemplo de Asa Branca e Assum Preto.


Instrumento vira paixão de jovens seguidores, como Renan Mendes.

Hoje, percebe-se que a versatilidade da sanfona ou acordeon traduz os diversos ritmos desde o forró pé-de-serra à música clássica, atraindo variados públicos. No São João, há uma efervescência cultural que multiplica seguidores de Gonzaga puxando o fole por onde passa. Muitos com zabumba e triângulo. Em Juazeiro-BA, o músico Raimundinho do Acordeom lembra com saudade dos tempos em que surgiu aos 17 anos, seu interesse pelo instrumento.

“Passei a infância no sertão, no povoado de Riacho da Massaroca, em Curaçá. Na casa dos meus parentes quase sempre tinha uma sanfona. Aconteciam sempre os bailes que o saudoso Vicente do Riacho fazia e era o cara que quando fazia o forró a noite de São João durava três dias de festa. Então eu nasci nesse terreiro”, conta Raimundinho. 

Dominguinhos
O músico que está no mercado desde os anos 70, falou ainda sobre suas influências do cenário musical nordestino. “O rei Luiz Gonzaga foi o primeiro a fazer sucesso com o, xote, xaxado, as modas juninas. Eu alcancei Luiz Gonzaga como o primeiro, depois veio Marinês, Dominguinhos e os filhotes dele”. 

Engana-se quem pensa que somente toca sanfona aqueleque almeja seguir uma carreira musical. O engenheiro agrônomo Rafael Borges, 28, disse que seu interesse pelo acordeom surgiu quando ainda estava na faculdade. Desde então, se apaixonou pelo instrumento. “Comecei por influência do meu curso, o pessoal gostava muito de forró então fui entrando nesse círculo. Deixei de amar o violão e a bateria e comecei a tentar aprender a sanfona”, explica.

Apaixonado pela cultura nordestina, ele não esconde o prazer ao tocar o instrumento. “A sanfona liga a regionalidade da pessoa à música e ao prazer que você sente quando desenvolve aquilo que gostamos. Gosto tanto de tocar bateria, como de tocar violão, mas me entusiasmo mais com o acordeom”, destacou.

Targino Gondim, músico e idealizador do Festival Internacional da Sanfona
O instrumento ícone da cultura popular nordestina também revela seu viés erudito, quando se torna parte integrante de concertos. Tanto que na segunda edição do “Festival Internacional da Sanfona”, realizado em 2010, as cidades irmãs de Juazeiro-BA e Petrolina-PE, no Vale do São Francisco, receberam o acordeonista italiano Mirco Patarini aplaudido por todo o público ao mostrar seu talento nos acordes clássicos.

A queridinha das festas juninas - O pesquisador e músico, Leonardo Rugero Peres, em seu ensaio “A sanfona de oito-baixos na música instrumental brasileira”, publicado no site Músicos do Brasil, descreve como a queridinha das festas juninas surgiu. A sanfona de oito-baixos originou-se no século XIX na Europa, mas foi se inserindo em vários países e recebendo diferentes nomes, inclusive no Brasil. Em 1829, que o inventor vienense CyrillDemian batizou de “acordeom” o instrumento que mais tarde aperfeiçoado, seria um ícone cultural em vários países e em diferentes ritmos.

Aqui no Brasil ela é gaita-de-ponto, cabeça-de-égua, pé-de-bode, fole de oito-baixos entre outras nomenclaturas, e é incessantemente tocada nas festas juninas do Brasil.

Sanfona ou Acordeom? – Eis a questão que ronda a cabeça de muitos que se interessam por conhecer o instrumento. Leo Rugero responde em seu ensaio, para não deixar dúvidas aos apaixonados pelo instrumento. Sanfona e acordeom são instrumentos diferentes. Segundo Leo, a sanfona de oito-baixos possui como característica marcante, a bissonoridade. Isso significa que abrindo o fole (parte onde estão as pregas do instrumento) um botão corresponde a uma nota, e fechando a outra. Ou seja, o movimento do fole determina a nota. Já no acordeom de teclado, cada tecla produz uma nota independente da abertura do fole.

Para quem gosta do som do acordeom, ouça Luiz Gonzaga e a eterna Respeita os oitos baixos do teu pai

SEU ZÉ CUPIDO , MARSAL E MIRA CUPIDO - O TICO DO CALANGO